4 de abril de 2017

Fertilizantes com ácidos húmicos aumentam enraizamento da planta

Tempos atrás, a preocupação com a nutrição das plantas florestais era pequena: o que se procurava fazer na implantação era calagem e adubação fosfatada com adubos insolúveis em água. Entretanto, hoje, além da fertilização com nitrogênio, fósforo e potássio, o emprego de adubos com magnésio e boro incrementa os programas de adubação. O manejo nutricional tem se mostrado fundamental, quando se pretende obter altas produtividades.

O estudo da literatura demonstra que o aumento da dose de calcário, o estabelecimento das doses de nutrientes na adubação em virtude da textura do solo, a introdução de gesso como fonte de enxofre, o uso de doses de nitrogênio mais elevadas em função do teor de matéria orgânica, o uso de fontes solúveis de fósforo, apenas, o aumento das doses de boro, além do fornecimento via pulverização foliar nas regiões com déficit hídrico acentuado têm proporcionado excelentes resultados.

A recomendação de calagem e fertilização deve sempre se fundamentar na análise de solo.

Novidades

Um aspecto interessante em reflorestamento é o uso de gel no plantio. Tal insumo atua como retentor de água no solo, reduz a mortalidade de plantas, não permite grandes variações na temperatura do solo, melhora sua aeração e evita a compactação, além de ser inócuo ao meio ambiente e aos microrganismos do solo.

O gel é um produto não tóxico epolímero composto por silício, magnésio, aminoácidos e dióxido de carbono. Possui alta capacidade de retenção de água, podendo reter esse líquido em quantidade equivalente a centenas de vezes seu próprio peso, entregando-o à planta de acordo com a necessidade dela.

Além disso, ele é biodegradável e possuipH neutro. Pode ainda contribuir para o bom desenvolvimento da planta com mais duas maneiras: atua como isolante térmico e é capaz de reter no seu interior, além da água, soluções ricas em nutrientes. O resultado é o rápido estabelecimento da cultura e a redução de custos com replantio e irrigação.

Essa técnica traz benefícios para o solo: reduz as perdas de água e o número de irrigações em até 50%; melhora a estrutura física do solo, aumentando a aeração e diminuindo a compactação; auxilia na menor variação brusca de temperatura; reduz a lixiviação e a evaporação da solução; e aumenta a Capacidade de Troca de Cátions (CTC).

Ácidos orgânicos

Entre as novidades de mercado de insumos para florestais estão os produtos com aminoácidos – que estimulam o metabolismo da planta –e ácidos orgânicos (húmicos e fúlvicos). Veja, a seguir, exemplos de aminoácidos e as respectivas importâncias nas plantas:

– Ácido aspártico: é fonte abundante de nitrogênio e se responsabiliza pela translocação do nitrogênio pelo floema.

– Ácido glutâmico: é sintetizado por meio da incorporação da amônia em compostos orgânicos, dando origem a vários aminoácidos. É a principal via de entrada de nitrogênio mineral nos compostos orgânicos nas plantas.

 – Alanina: participa da formação e germinação do grão de pólen.

 – Arginina: influi na fotossíntese e participa do crescimento e transporte dos nutrientes para flores, frutos e sementes.

 – Fenilalanina e tirosina: são responsáveis pelos processos de senescência e dormência.

 – Glicina: é importante na fotossíntese, fazendo parte do processo de síntese de clorofila.

 – Histidina: é regulador da concentração do ácido aspártico.

– Lisina: é ativadora da clorofila e retardadora da senescência.

– Prolina: é reserva de nitrogênio facilmente assimilável, sendo utilizada pela planta como defesa contra o déficit hídrico e o estresse térmico.

– Valina: atua na regulação do crescimento e na maturação dos frutos.

– Triptofano: é precursor da síntese do Acido Indolil Acético (AIA), hormônio de crescimento.

– Isoleucina, Leucina e Treonina: participam na formação de outros aminoácidos.

 – Cisteína: está presente na assimilação do enxofre, precursor da lignina.

 – Serina: é precursor do triptofano.

 – Metionina: está presente na assimilação do enxofre e é precursor do hormônio de maturação e senescência (etileno).

Essa matéria completa você encontra na edição de março/abril 2017  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua para leitura integral.

Deixe seu comentário